27 de ago. de 2007

Estive no Blog do amigo Rafeiro Perfumado e vi que o último post dele é sobre a honestidade nos restaurantes (vão lá espreitar, vão ver que vale a pena!), fiz um comentário onde contei uma história que me tinha acontecido a mim. Por ironia do destino apareceu a famosa pág. "Não é possível...", e assim não consegui publicar o dito comentário. Como ele era extenso não tive vontade de o reescrever. No entanto, enquanto o escrevia ia sorrindo com essa recordação.
Foi por isso que me decidi a partilhar um momento de esperteza saloia aqui deste vosso humilde desocupado!
Então aqui vai...
Há uns anos valentes, fui almoçar a um restaurante em Lisboa. Já não me lembro que prato pedi, mas devia ter sido um daqueles do dia, porque tinha um bife e batatas fritas.
Estava eu já com a baba a escorregar pela boca, quando chega o tão desejado pratinho de comida.
Nem hesitei, atirei-me a ele com toda a dignidade de que uma pessoa é capaz nestas alturas em que está esfomeada!
Mas o melhor estava para vir!
Eu bem tentava cortar o bifinho, mas qual quê! A porcaria da faca nem manteiga no verão cortava!
Sem outro remédio, e contentando-me em depenicar as batatas fritas fiz sinal ao empregado e pedi-lhe outra faca.
Lá veio o Sr. (passado uns longos 5 minutos) com uma nova faquita.
Lá voltei eu a sorrir para o bife e a pensar: Ai danado agora é que te vou afinfar o dente!
Isso era o que eu queria, mas a merd... da faca tinha outra intenção! Então não é que também esta faca não cortava?!
O meu companheiro de almoço ia comendo refastelado da vida e eu para ali a aguar!!!
Novamente fiz sinal ao empregado e pedi-lhe nova faca, fazendo questão de lhe pedir uma que tivesse uma serrilha em condições, porque as que ele me tinha trazido não cortavam o bife.
Desta vez o Sr. foi mais rápido e logo tive outra faca.
Mas que desespero, o meu azar já era o cúmulo! A merda da faca também não cortava!
Fodi... da vida (e cheio de fome), chamei o empregado e fiz um discurso sobre a falta de respeito que aquele restaurante demonstrava pelos seus clientes! Afinal tinham facas para quê? Não era suposto que elas cortassem?
O empregado, um Sr. já de alguma idade e com uma paciência de Jó, vira-se para mim calmamente e diz: Sabe, era capaz de ajudar se virasse a serrilha da faca para baixo..."
Bem, fiquei para morrer... Ao fim de 4, sim leram bem, 4 facas e muita figura de urso descobri que afinal as facas não cortavam, porque eu as estava a usar ao contrário!!!
Daah!

3 comentários:

Unknown disse...

ou és despassarado ou a companhia era boa...

Unknown disse...

mas valeu para animar a minha noite :)))

Simplesmente eu... disse...

Bem, o objectivo é mesmo esse, ainda bem que alegrei alguém com a minha desventura... eu saí do restaurante com o rabinho entre as pernas e se tivesse um buraco garanto que me tinha enfiado lá! obrigada pela visita, pensamentos felizes!